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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A nossa aldeia gaulesa

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Estamos no ano 2011 d.C. Todo o Portugal está ocupado pelas tropas da troika. Todo? Não. Uma ilha povoada por irredutíveis madeirenses resiste ainda e sempre ao invasor. E na Madeira a vida não é fácil para os defensores da disciplina orçamental...

Efectivamente, os governantes da nova província do Império, o procônsul Passus Cuniculus e o questor Victor Gasparius, andam completamente desesperados para tentar submeter a ilha à austeridade que impuseram no Continente. Mas os irredutíveis madeirenses resistem sempre, comandados pelos seu chefe Jardinix, que já fez saber que não vai entregar ao Continente ocupado os tributos cobrados na ilha, que não vai despedir ninguém e que vai continuar a gastar como sempre fez. O chefe Jardinix não se assusta com as ameaças vindas do Continente ou da troika, dado que só tem medo de uma coisa: que o céu lhe caia em cima da cabeça. E ele próprio costuma dizer que amanhã não será a véspera desse dia.

Os irredutíveis madeirenses sentem-se felizes com o seu chefe. Enquanto o Continente ocupado está sujeito à austeridade, eles podem comer e beber bem e dar tabefes aos invasores. Não interessa que lhes digam que estão a gastar de mais e que não têm dinheiro para tanto. Os irredutíveis madeirenses aproveitam o tempo presente sem pensarem no futuro. Eles sabem que esta estória acabará como todas as outras: com um grande festim. E o rectângulo há-de pagar a conta.


por Luís Menezes Leitão, Publicado em 20 de Setembro de 2011 | ionline

Professor da Faculdade de Direito de Lisboa

1 comentário:

Anónimo disse...

Para as tropas germânicas e do norte da Europa (dos chamados países civilizados e organizados), o português do continente é exactamente igual ao madeirense, porque são igualmente broncos e grunhos e corre-lhes nas veias os genes do Jardinix, seja nos tontinhos dos créditos á habitação, aos automóveis germânicos em segunda mão para poluir e o país pagar mais em emissões poluentes e nos créditos ao consumo. Os madeirenses vão acabar por pagar e ser punidos pela sua ignorância tal como os ignorantes do continente que votaram em José Sócrates (o tal que devia ser criminalizado e nem leis existem para isso) e que só em parcerias público privadas o gamanço faz a ilha da Madeira parecer uma gota no oceano. Faço votos para que esta trika se mantenha por muitos e bons anos a governar um país que não se sabe governar e a pôr na ordem em semanas o que políticos corruptos não fizeram em décadas. A seguir que venha um governo do reich da dona Merkel e tome conta disto tudo, porque gálias só existem mesmo em desenhos animados. Ainda vão dar um dia razão ao Saramago quando disse que Portugal e Espanha se deviam unir numa união ibérica, mas agora quem é que vai querer países endividados? Na história, povos ignorantes e broncos foram sempre escravos de outros. Já Platão dizia na sua alegoria da caverna que o governo devia caber aos mais capazes, aos melhores. Mas como pode povo ignorante votar em consciência nos melhores? Deviam era esses pagarem a crise sempre que tivessem votado em governantes ou autarcas corruptos.