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segunda-feira, 13 de maio de 2019

Crónica: O Sobrevivente

Crónica :   PorFRANCISCO CARAPINHA 21 jan 2019 8:01

Expresso Das Ilhas - Cabo Ver



​Como eu gostava de ouvir as histórias contadas pelo Manuel Martinho Lopes, conhecido nos meios escaquisticos pelo Barba Negra.
O Manel foi uma figura castiça, frequentador assíduo de grandes competições do xadrez em Portugal, realizadas nos anos setenta e princípio dos anos oitenta do século passado, e era através das suas histórias que eu vivia, intensamente, os grandes campeonatos portugueses, e outros eventos de xadrez realizados naquela época. Era através das suas histórias que eu conhecia e convivia com o Fernando Silva, com o Luís Santos, com o Durão, com o José Pereira dos Santos (a quem ele apelidava de “o inimigo”) e com o Álvaro Pereira.
Foi através dele, primeiro, e da imprensa, depois, que tomei conhecimento de um feito histórico em Portugal: o Álvaro Pereira tinha-se tornado recordista ibérico de xadrez às cegas.
Para os que não sabem, o xadrez às cegas consiste em jogar, geralmente com os olhos vendados, jogar com outro, ou com outros, sem ver o tabuleiro onde decorre o jogo.
Era também através das histórias do Martinho que eu ia tomando conhecimento das peças de teatro, das séries de televisão ou dos filmes em que o Álvaro Pereira ia participando e que eu teimava em não identificar, pelo motivo que à frente revelarei.
Como naquela altura já era jogador de xadrez por correspondência, também ia acompanhando os bravos desempenhos internacionais do Luís Santos e do Álvaro Pereira, naquela variante do jogo dos reis onde ambos atingiram o título de Grande Mestre.
Através das simultâneas que joguei, ou depois nas que organizei quando estive a “comandar” o xadrez na Câmara Municipal de Coruche (Portugal), fui conhecendo pessoalmente o Durão, o Fernando Silva, o José Pereira dos Santos e o Luís Santos, este último chegando a ser meu colega de equipa, e 1.º tabuleiro, numa das eliminatórias da Taça de Portugal de 2010, em representação do G. D. Diana de Évora que se sagrou campeão dessa mesma competição.
Acabei por conhecer e até conviver com alguns dos meus ídolos das histórias contadas pelo Martinho Lopes, à excepção do Álvaro Pereira, que só mais tarde me apercebi que para o teatro, para a televisão, para o cinema e para a literatura, era o Álvaro Faria, motivo pelo qual não o tinha identificado nos outros registos. Ou seja, temos um Álvaro, Pereira no xadrez e Faria nas artes cénicas e na literatura.
É claro que com as novas modernices, eu e o Álvaro Pereira já nos tínhamos tornado amigos numa das redes sociais existentes, mas continuávamos sem nos conhecer pessoalmente.
Quis o acaso que na edição de 2018 do Torneio Internacional da Figueira da Foz, onde eu fui um dos árbitros, o Álvaro estivesse presente na abertura, onde foi comemorado o seu feito de 1975: o record ibérico de xadrez às cegas.
É assim que, finalmente em Outubro passado, lá o conheci pessoalmente e pudemos conversar “tête a tête”.
Foram necessários mais de 40 anos, após ouvir as primeiras histórias contadas pelo saudoso Martinho Lopes (que partiu está a fazer precisamente um ano), para que conseguisse cumprimentar o herói, que me faltava conhecer pessoalmente, dessas hilariantes e bem torneadas narrativas.
Foi nesse encontro que vim a saber mais um pouco acerca do tal recorde ibérico, que decorreu no casino da Figueira da Foz em 1975, e que me foi contado pelo próprio:
Fui desafiado pelo Simões Nunes, que era o presidente da Federação Portuguesa de Xadrez, a bater o recorde de xadrez às cegas que pertencia ao cubano, naturalizado espanhol, Francisco José Pérez Pérez. Eu já tinha dado algumas simultâneas às cegas, mas nunca com mais de 10 (ou talvez 12) tabuleiros.
Ele disse-me que o record ibérico era de 24 tabuleiros e perguntou-me se eu não queria tentar fazer 25. Com a arrogância da juventude, respondi-lhe que não se bate um record só por um, de modo que iria fazer com 26!
Ainda bem que tive esta arrogância, porque depois de terminada a simultânea viemos a descobrir que afinal o record era de 25 tabuleiros, pelo que acabei por bater o record só por um.”
Resta acrescentar que o resultado desta simultânea recorde foi de 14 vitórias, 11 empates e 1 derrota. Instado a lembrar-se de alguns jogadores seus adversários, Álvaro responde que “só me lembro do Luís Cadillon, porque éramos amigos e foi o único que me ganhou!”
É claro que aproveitei este nosso encontro na Figueira para colocar em dia, parte de 40 anos de conversa.
Mas o Álvaro, além do Pereira, também tinha trazido o Faria e com ele o seu último livro: “O sobrevivente”.
Já tinha conhecimento do lançamento da obra e era minha intenção adquiri-la, pelo que veio mesmo a calhar aquela sessão de autógrafos, onde cumpri a minha intenção.
“O sobrevivente”, não é um livro sobre xadrez ou a história de xadrez, mas uma obra que retrata um pouco do que foi a segunda metade do século passado, num Portugal cinzento e salazarento.
Daniel, que sobreviveu à gripe asiática quando era pequeno, foi ao longo dos anos sobrevivendo a outras maleitas da vida e, são as peripécias deste personagem, que partiu à procura de melhor vida e da aldeia que ficou, que vamos acompanhando ao longo deste romance, que comparo com as histórias do Germano Almeida, não em termos literários, que não é o meu campo, mas em intensidade e descrição da acção.
Aconselho vivamente a leitura deste livro, que nos arrebata de princípio ao fim, e que também tem uma breve referência a Cabo Verde, quando Daniel, já de partida para seu salto até Espanha, pergunta ao moleiro Anselmo:
- Onde é que esteve preso? No tal sítio perto do mar?
- Sim. No Tarrafal. Em Cabo Verde.
- É Portugal e não é Portugal.











image























Texto originalmente publicado na edição impressa do expresso das ilhas nº 894 de16 de Janeiro de 2019.


Link:  https://expressodasilhas.cv/DG6l

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

STAR: Francisco Carapinha



(Francisco Carapinha e AI Carlos O. Dias )


 
O Francisco Carapinha obteve a sua 1ª norma de Árbitro FIDE !  Muitos parabéns !!!

De referir que ainda este ano tinha atingido outro importante feito: foi eleito como primeiro presidente da Federação de Xadrez de Cabo Verde.
 
Espetáculo !!!  Quando passares perto de Alpiarça, pagas o jantar!  A todos !  :o)
 
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segunda-feira, 18 de abril de 2016

Proclamada Federação Cabo-verdiana de Xadrez


São Vicente: Proclamada Federação Cabo-verdiana de Xadrez – Francisco Carapinha eleito primeiro presidente 

 

 

Mindelo, 17 Abr (Inforpress) – Cabo Verde passa a contar com 12 federações desportivas com a proclamação, na manhã de hoje, no Mindelo, da Federação Cabo-verdiana de Xadrez (FCX) que elegeu Francisco Carapinha como seu primeiro presidente da direcção.

Na assembleia geral constitutiva, que contou com as presenças, entre outros, da presidente do Comité Olímpico Cabo-verdiano (COC), Filomena Fortes, e do director-geral dos Desporto, Gerson Melo, os órgãos da novel federação foram todos eleitos por unanimidade dos presentes.

O presidente eleito lembrou, na ocasião, que a tarefa para se chegar à constituição da federação foi “árdua”, um “sonho” hoje tornado realidade, como disse, e, por isso, não esqueceu “os entusiastas da primeira hora”, já falecidos.

“O passado já passou e o futuro começa hoje”, lançou Francisco Carapinha aos seus pares quando, no discurso de tomada de posse, revelava as acções prioritárias que pretende concretizar neste seu mandato.

Nos primeiros tempos, indicou, as atenções da FCX estarão concentradas na acreditação e oficialização junto dos órgãos nacionais e internacionais, designadamente, o registro notarial, acreditação junto da Direcção-Geral dos Desportos (DGD) e inscrição na Federação Internacional de Xadrez (FIDE, na sigla em inglês).

Do plano de actividades constam ainda como prioridades a elaboração e aprovação dos regulamentos internos, a realização de açcões formativas, com destaque para a formação de treinadores, e ainda a busca da sustentabilidade financeira da federação.

Consciente, como revelou, de que a tarefa para a concretização desse primeiros passos “não é fácil, dá trabalho e demora tempo”, o presidente da FCX lançou, por outro lado, a ideia de realizar, ainda este ano, o primeiro campeonato nacional absoluto de xadrez e o primeiro campeonato nacional de equipas.

A Confederação Africana de Xadrez, por outro lado, através do seu presidente, enviou uma mensagem de felicitação à novel FCX, na qual desafia a federação a marcar presença nas Olimpíadas de Xadrez, previstas para o mês de Setembro, em Baku (Azerbaijão).

Os órgãos sociais eleitos da FCX foram distribuídos pelas quatro associações regionais existentes no país, na óptica de "um órgão social a cada associação regional", cabendo à região desportiva de Santo Antão a Assembleia Geral, a de São Vicente a Direcção, a do Sal o Conselho Fiscal e Jurisdicional e a de Santiago Sul o Conselho Técnico.

Paralelamente à assembleia geral realizada hoje, continua a decorrer um curso de árbitros de xadrez, ministrado pelo formador português Carlos Oliveira Dias, o qual irá permitir que os formandos que obtiverem aproveitamento possam vir a ser licenciados como árbitros nacionais, “condição indispensável” para a realização, no futuro,  de provas oficiais com árbitros nacionais.

AA/CP
Inforpress/Fim


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terça-feira, 24 de novembro de 2015

IX Festival Internacional de Xadrez da Figueira da Foz


Já decorre o IX Torneio Internacional da Figueira da Foz  no  Sweet Atlantic Hotel !

Será de 21 a 28 de Novembro. Apareça por lá !


Uma foto do grande Francisco Carapinha !  Amigo e representante de Cabo Verde neste torneio.



Classificação após a ronda 3:

































 Site oficial:  http://xadrezfigueira.mfbpro.com/

Chess Results:  http://chess-results.com/tnr187086.aspx?lan=7&art=1&rd=3&turdet=YES&flag=30&wi=984

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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

VIII Festival Internacional de xadrez da Figueira da Foz




Organizado pela Assembleia Figueirense já decorre mais uma edição do grande e forte torneio do Festival Internacional de xadrez da Figueira da Foz !!!

Arbitrado pelo AI Carlos Dias e por Paulo Rocha.





Classificação após 3 rondas:

Rk.SNo
NameFEDRtgPts. TB1  TB2  TB3 
13
IMSTOPA JacekPOL25242.52.56.52482
28
IMDIAS PauloPOR24212.52.55.52381
36
IMDÂMASO RuiPOR24252.52.55.52368
47
IMFERREIRA JorgePOR24252.52.55.52333
510
IMSTREBKOVS AndrejsLAT23272.52.53.52005
611
FMPADEIRO JoséPOR23062.52.53.52003
71
GMSPRAGGETT KevinCAN25612.52.04.52438
82
GMPETKOV VladimirBUL25272.51.53.50
912
CMREGO PedroPOR22842.02.55.52384
1024
WIMSHAMIMA Akter LizaBAN21592.02.54.01931
1126

GUERREIRO NunoPOR20862.02.54.01787
1214
FMSANTOS Antonio PPOR22652.02.53.52133
1332

CROSS DominicPOR19402.02.53.51888
1429

ADAMS PhilipENG20152.02.53.51599
154
GMROMANISHIN Oleg MUKR24872.02.05.02242
165
GMPAUNOVIĆ DraganSRB24732.02.05.02219
1715
FMDOMINGOS CatarinoANG22532.02.05.00
1823
FMDOMINGOS EdibertoANG21612.01.54.00
1931

LAVRADOR RodolfoPOR19812.01.53.50
2019

SILVA MiguelPOR21941.52.55.52187
2118

VASQUES AntónioPOR22061.52.54.52243
2220
IMSOUSA ArmindoANG21871.52.05.00
2322
IMOLIVEIRA LucianoANG21621.52.04.00
2433

FERNANDES MiguelPOR18601.52.03.52189
2534

LEÃO TiagoPOR18351.52.03.52120
2628

CRUZ JorgePOR20401.52.03.00
279
GMLAZAREV VladimirFRA23991.51.54.50

13
IMADÉRITO PedroANG22761.51.54.50

16
CMSIMÕES JoãoANG22321.51.54.50

17
IMAMORIM AgneloANG22281.51.54.50

25

FELIZES PauloPOR21001.51.54.50

37

ROCHA ValquiriaANG17871.51.54.50

40

ROSALINO SóniaANG17691.51.54.50

44

MENDES CarlosPOR16991.51.54.50

46
WCMREIS FatimaANG15631.51.54.50
3650

CARAPINHA FranciscoCPV01.02.55.50

51

MOTA FernandoPOR01.02.55.50
3835

CONFLITTI AlessandroITA18001.02.55.01859
3938

MARÇAL PauloPOR17851.02.55.01736
4030
WFMPINTOR ArianaPOR20061.02.53.51865
4136

RODRIGUEZ FERREIRO Jose CamilESP17891.02.53.51771
4242

PAIS BrunoPOR17301.02.05.02025
4347

AZUL ArturPOR15621.02.04.51898
4449

ALBUQUERQUE ManuelPOR01.02.04.50
4552

PORTUGAL TitoPOR01.02.03.00
4639

REPRESA PEREZ MireyaESP17720.52.56.01903
4721
FMPASCOAL Eduardo AANG21750.52.56.00
4841

RATO EduardoPOR17650.52.55.01563
4948

GAMA JoãoPOR12620.52.03.51635
5043

CURADO Antonio MendesPOR17010.02.04.51163
5127

PEREIRA António CaramezPOR20710.02.04.50
5245

DIAS JoséPOR16800.01.54.01224


Annotation:
Tie Break1: Buchholz Tie-Breaks (variabel with parameter)
Tie Break2: Buchholz Tie-Breaks (variabel with parameter)
Tie Break3: Performance (variable with parameter)



quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Um “Pinéu” que dá cartas no xadrez mundial por correspondência






foto
O xadrezista Francisco Carapinha, ao serviço da Selecção de Xadrez de Cabo Verde, empatou com Tunç Hamarat, o 16.º Campeão Mundial de Xadrez por Correspondência, num jogo a contar para fase preliminar da 20.ª Olimpíada de Xadrez por Correspondência.






Francisco Carapinha é natural de Ulme, concelho da Chamusca, terra onde viveu a sua infância e adolescência, estudou na Escola Secundária de Chamusca e no Liceu Nacional de Santarém, e está radicado em Cabo Verde há 12 anos.

Em Portugal jogou xadrez no Centro Desportivo e Juvenil de Ulme e no Grupo de Xadrez de Santarém, colectividades que já foram extintas. Mas foi daí que levou os ensinamentos da modalidade que lhe permitiram chegar a capitão da selecção de Cabo Verde e a disputar vários torneios internacionais, onde se bateu com alguns dos melhores xadrezistas mundiais, como é o caso do campeão turco Tunç Hamarat. 

Francisco Carapinha é um autodidacta, iniciou a sua caminhada no xadrez de uma forma insólita. No dia em que fez 12 anos ofereceram-lhe um perfume que trazia como oferta um mini-jogo de xadrez e também uma pequena resenha das regras do jogo. “Na altura estudava na Escola Eng. Belard da Fonseca, hoje Escola Secundária da Chamusca, interessei-me pela modalidade e comecei a tentar entrar no jogo através dessa resenha. A Revolução do 25 de Abril de 1974 tinha sido há pouco tempo e o desporto estava em marcha acelerada e eu entrei na onda”, disse. 

Através da então Direcção Geral dos Desportos (DGD) fundou a Secção de Xadrez do Centro Desportivo e Juvenil de Ulme. “Depois a convite da DGD participei numa simultânea realizada na Feira Nacional da Agricultura em que joguei com um dos mestres internacionais portugueses da altura, o Joaquim Durão. A partir daí já não parei, participei em várias competições regionais e nacionais, e organizaei vários torneios de xadrez em Ulme, principalmente na altura das festas populares”, avança Francisco Carapinha.

Enquanto estudou na Escola da Chamusca, Francisco Carapinha foi jogando em Ulme e lendo tudo o que conseguia sobre a modalidade. Mais tarde foi estudar para Santarém e foi aí que desenvolveu mais a sua vocação para o xadrez. “Passei a jogar pelo Grupo de Xadrez de Santarém, onde se encontravam alguns dos melhores jogadores de xadrez da região. Logo no início fui vice-campeão distrital de juvenis. Hoje aqui em Cabo Verde recordo alguns amigos, que jogam agora na Casa de Xadrez de Alpiarça”, disse.

Foram bons tempos para o xadrez em Portugal e Francisco Carapinha conseguiu criar três núcleos no concelho da Chamusca, em Ulme, Carregueira e Vale de Cavalos. Depois de terminar os estudos, Francisco Carapinha foi trabalhar para a Câmara Municipal de Coruche, como animador sócio-cultural e desportivo. “Aí fui o responsável pela implementação da modalidade naquele concelho, chegando a ter cerca de 2.000 miúdos a participar e a aprender a jogar, consegui mesmo levar para Coruche a sede da Associação de Xadrez de Santarém”. 

“Saí de Portugal com 39 anos, tinha uma namorada cabo verdeana, com quem acabei por casar e em 2001 acabei por apostar tudo em Cabo Verde. Durante alguns anos parei com a modalidade, mas depois de arrumada a casa, voltei em força. Em 2008 organizei um Festival de Xadrez trazendo cá o então campeão de Portugal, que já não via há muitos anos. Na altura era vice-presidente da Associação de Xadrez de S. Vicente (ilha onde vivo), e o evento serviu para o despertar do xadrez em Cabo Verde. Foi um grande marco e um ponto de viragem do xadrez crioulo. Um ano depois fui eleito presidente da referida Associação, cargo que continuo a exercer. Em 2010 consegui que Cabo.

Verde fosse aceite como membro afiliado (sem voto no congresso e sem poder participar nas Olimpíadas de xadrez na ICCF - International Correspondence Chess Federation. Fruto da minha insistência, consegui que a Selecção de Cabo Verde participasse nas 20.as Olimpíadas de Xadrez por Correspondência e que este ano fosse aceite como membro de pleno direito. Por decisão dos restantes elementos directivos, tenho sido o capitão de todas as selecções de Cabo Verde de Xadrez e por convite do director da Zona 4 da ICCF sou o capitão de uma selecção da África/Ásia que está a disputar o 7.º interzonal (uma espécie de taça das confederações)”, refere Francisco Carapinha com entusiasmo. 

O empate com o campeão do mundo foi sem dúvida o ponto mais alto da carreira de Francisco Carapinha no xadrez. “Não só pela vertente pessoal como o que pode representar para Cabo Verde. Um país tão pequeno e pobre conseguir que um jogador ao serviço de uma sua selecção empate com um campeão do mundo é formidável”, diz com redobrado entusiasmo.

A mãe continua a viver em Ulme e o irmão no Entroncamento

A família de Francisco Carapinha continua a viver em Portugal, a mãe vive em Ulme, “onde sempre viveu”, e a irmã vive no Entroncamento. Mas o contabilista de profissão, tem muita família chegada na Chamusca, e não consegue fugir às suas raízes. “Sou contabilista inscrito nas Ordens de Cabo Verde e Portugal e sou sócio maioritário da empresa Pinéu - Comércio e Serviços, Lda. Tenho orgulho em ser pinéu (nome porque são designados os naturais de Ulme)”.

Embora considere que vai ser difícil regressar definitivamente, Francisco Carapinha vem frequentemente a Portugal, tanto em lazer como quando lhe junta a oportunidade de jogar. “Estive em Ulme e na Chamusca o Verão passado só por lazer e há um ano atrás além do lazer estive também a participar num torneio em Fornos de Algodres. Regressar a Portugal definitivamente é difícil, pois tenho a vida organizada e estabilizada em Cabo Verde. Os meus negócios e interesses estão aqui, no entanto nunca digo que “desta água não beberei”.

Para quando a homenagem a Manuel Martinho Lopes

Em Portugal, além do CDJ Ulme e do G. X. Santarém, Francisco Carapinha jogou no Ávila Atlético Clube, no Grupo de Xadrez de Coruche, no Grupo Desportivo Diana de Évora (onde em 2010 foi um dos jogadores que participou na campanha que levou à conquista da Taça de Portugal) e na Associação Académica de Coimbra.

Mas a sua primeira memória da modalidade no distrito de Santarém, chama-se Manuel Martinho Lopes. “Por certo o melhor jogador do distrito de todos os tempos. Com a alcunha do “Barba Negra”, era o terror dos tabuleiros e um artista. Estar com ele era a certeza de momentos de boa disposição com as hilariantes histórias que contava. Colaborou muitas vezes comigo indo fazer, gratuitamente, simultâneas a Ulme. Foi meu adversário e meu colega no Grupo de Xadrez de Santarém e mais tarde no Grupo de Xadrez de Coruche quando também trabalhou na câmara daquela vila. Infelizmente está com uma doença que não lhe permite jogar”, lamenta Francisco Carapinha. 

“O distrito de Santarém, pelo que ele fez no xadrez, deve-lhe uma homenagem. Um torneio nacional organizado no distrito e denominado “Martinho Lopes”, talvez fosse um bom princípio. Até eu iria, propositadamente se necessário, aqui de Cabo Verde para jogar esse torneio e tenho quase a certeza que os melhores jogadores nacionais lá estariam”, garante o xadrezista.


in Jornal O Mirante
Edição de 2013-12-19








sábado, 30 de junho de 2012

Francisco Carapinha: Viagens na minha terra






O Francisco Carapinha publicou há dois dias no seu blog  - "Grande Roque" -  um artigo um faz uma espécie de Balanço da sua passagem pelo Xadrez. 

Penso que a sua ideia não era de fazer um "Balanço"... Até porque lhe deu um título bem diferente. Mas essa foi a minha interpretação principal e aquilo que eu quis salientar e trazer para este nosso blog da Casa do Xadrez. Uma vez que o Francisco Carapinha é um velho amigo e conhecido também, de muita gente do Xadrez em Santarém e arredores.
 
Saliento desse seu texto a sua passagem por terras do Ribatejo. Desde o Ulme - de onde é natural - à Chamusca e Coruche.

Nessa altura, presença habitual em muitos torneios onde fez amizade com muita malta de Santarém, que na altura jogavam em diversos clubes do Distrito. De onde saliento o Grupo de Xadrez de Santarém e o Clube RioMaiorense.


Boa leitura !


quinta-feira, 14 de junho de 2012

Partidas Rápidas - por Francisco Carapinha




Durante os dias seguintes e até no próprio dia em que se jogaram os Campeonatos de Portugal de Partidas Rápidas, este ano realizados em Figueiró dos Vinhos, fui lendo o que se ia escrevendo sobre as competições, roendo-me de inveja por não estar presente nessa festa escaquística.
Não que seja um grande apreciador do ritmo jogado, mas o convívio que este tipo de torneios proporcionam já é razão suficiente para me suscitar vontade de estar presente, mesmo sabendo que levarei farta porrada.
Além disso há também o lado afectivo, pois a primeira competição oficial em que participei, foi exactamente num Campeonato de Portugal de Partidas Rápidas (individual), mais concretamente na edição de 1976 realizada em Abrantes, tendo nessa altura ficado deslumbrado por estar no meio de tantos jogadores que só conhecia de nome, sendo que alguns, mais tarde, vieram a tornar-se meus amigos e até colegas de equipa.
Cheguei a participar em vários torneios de partidas rápidas, pois nessa altura, sem computadores nem programas de emparceiramento, era o ritmo mais utilizado na organização de provas de xadrez, pela facilidade que tinham em se organizarem, mesmo sendo um torneio com muitos participantes. E acerca dos emparceiramentos dessa altura, recordo-me de ter participado num torneio de semi-rápidas realizado pelo sistema suíço de emparceiramento (manualmente) em que, depois de terminada uma sessão, era necessário esperar uma hora, ou mais, para que estivesse pronto o emparceiramento da sessão seguinte, o que tornava impraticável os torneios de semi-rápidas realizados com este sistema.
Voltando ás partidas rápidas e ao Campeonato de Portugal, depois de Abrantes, edição em que os jogadores do Sporting, talvez a melhor equipa de xadrez daquela época, chegaram atrasados e tiveram que constituir um grupo preliminar só com eles, voltei a participar na edição de 1978 realizada em Alhandra, confirmando a festa que eram estes campeonatos que, na falta de haver outros torneios, acabavam por proporcionar encontros entre jogadores que já não se viam desde os campeonatos do ano anterior, aproveitando estes momentos para colocarem em dia a conversa atrasada por um ano de interregno.
Depois de Alhandra, não voltei a participar em mais nenhum Campeonato de Portugal de Partidas Rápidas e desde lá até aqui já o António Fernandes ganhou 14 campeonatos individuais, sendo o último deles na edição desde ano, uma organização bastante elogiada, que serviu também para homenagear Álvaro Gonçalves, que além de autarca (vice-presidente da Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos)  era também xadrezista.
Relativamente ao homenageado, fui seu adversário na 4.ª sessão do Torneio Internacional da Figueira da Foz de 2010, numa partida que se foi mantendo equilibrada até ao momento em que cometi um enormíssimo erro (no 23.º lance) acabando por vir a perdê-la. A fotografia de fundo que desde o mês passado estou a utilizar neste blogue foi tirada durante essa partida.
Em jeito de homenagem, reproduzo a folha de anotação da partida entre mim e o falecido Álvaro Gonçalves e que pode também ser reproduzida imediatamente a seguir.




por Francisco Carapinha

sábado, 4 de dezembro de 2010

"O Barba Negra" - por Francisco Carapinha

Click na imagem para aceder ao Expresso das Ilhas... Depois é só ir até à página 49.


Meus caros,

Anexo um exemplar em PDF da edição desta semana do semanário local “Expresso das Ilhas”, onde actualmente tenho uma crónica semanal.

Na página 49 encontrarão a minha crónica, que esta semana decidi intitular de “O Barba Negra”. Certamente já estarão a adivinhar a quem se refere. É uma coisita pequena, porque o espaço também é diminuito, mas vai dando para se ir divulgando um pouco.

Um abraço,

Francisco Carapinha


EI 01 DEZ 2010.pdfEI 01 DEZ 2010.pdf
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Luis Santos vs. Manuel Martinho Lopes


terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Éder Pereira - Campeão Reg. S. Vicente 2009

Éder Pereira - o Campeão Reg. S. Vicente 2009

Com a vitória de Éder Pereira, na 5.ª partida, terminou na passada Sexta-Feira o Match para apuramento do Campeão Regional de S. Vicente.

A prova iniciada em Abril, termina agora depois de cumpridas as 3 fases que a compunham (Preliminar, Intermédia e Match).

A evolução do marcador no match foi a seguinte:






Conforme se pode verificar não houve necessidade de recorrer á 6:º partida.


Download das partidas AQUI.


por Francisco Carapinha

domingo, 20 de dezembro de 2009

Campeonato Regional Absoluto S. Vicente: Éder na frente !

Éder Pereira


Com a vitória obtida ontem, Éder Pereira, pela primeira vez neste match, está à frente no marcador. Ainda não está nada resolvido mas a vitória de ontem foi certamente um grande tónico.


Daniel Lopes não pode perder mais nenhuma partida, pois basta uma derrota ou dois empates para que o seu adversário se sagre Campeão Regional de S. Vicente, ou seja, Daniel Lopes terá obrigatoriamente de vencer as 2 partidas em falta, para sair vencedor do Match, ou então ganhar uma e empatar outra para ir para o "prolongamento".

Francisco Carapinha

[Event "REGIONAL INDIV. ABSOLUTO-MATCH FINAL"]
[Site "Mindelo - S. Vicente"]
[Date "2009.12.17"]
[Round "4"]
[White "Lopes, Daniel"] [Black "Pereira, Éder"]
[Result "0-1"]
[ECO "C01"]
[WhiteElo "1604"]
[BlackElo "1600"]

1. e4 e6 2. d4 d5 3. exd5 exd5 4. Nf3 Nf6 5. Bg5 Be7 6. Bd3 O-O 7. O-O Re8 8.
Nbd2 Nc6 9. c3 a6 10. Qc2 h6 11. Bxf6 Bxf6 12. Rfe1 Be6 13. Ne5 Qd6 14. f4 Rad8
15. Ndf3 Be7 16. Re3 Nxe5 17. Nxe5 c5 18. Bh7+ Kf8 19. f5 Bd7 20. Rf1 Bf6 21.
Qe2 Bb5 22. c4 dxc4
0-1



sábado, 19 de dezembro de 2009

Campeonato Regional Absoluto S. Vicente: Empate na 3ª ronda

Francisco Carapinha


Terminou empatada a partida de ontem do match para o apuramento do Campeão Regional Absoluto de S. Vicente 2009.

Ao 56.º lance, Daniel Lopes e Éder Pereira, ambos com apuros de tempo, acordaram um empate, naquela que foi até agora, a partida mais longa do match (tanto em tempo como em número de lances).

Demasiado tensos, os jogadores mostraram receio um pelo outro, levando esta partida, que abriu com uma siciliana, até bastante tarde (já passava da meia-noite quando terminou).

Éder Pereira conduziu as brancas nesta terceira partida do match. Hoje, ás 20:30 H joga-se a quarta partida cabendo a Daniel Lopes conduzir as brancas.

Francisco Carapinha

[Event "REGIONAL INDIV. ABSOLUTO-MATCH FINAL"]
[Site "MINDELO - S. VICENTE"]
[Date "2009.12.16"]
[Round "3"]
[White "Pereira, Éder"]
[Black "Lopes, Daniel"]
[Result "1/2-1/2"]
[ECO "B53"]
[WhiteElo "1600"]
[BlackElo "1604"]

1. e4 c5 2. Nf3 d6 3. d4 cxd4 4. Qxd4 Nc6 5. Bb5 Qa5+ 6. Nc3 Bd7 7. Qd3 Nf6 8.
Bg5 a6 9. Ba4 g6 10. Bxf6 exf6 11. O-O-O O-O-O 12. Nd5 Kb8 13. Bb3 f5 14. Kb1
fxe4 15. Qxe4 Bg7 16. Qa4 Qxa4 17. Bxa4 Bg4 18. Bxc6 Bxf3 19. gxf3 bxc6 20. Nb4
Kb7 21. Rhe1 Be5 22. f4 Bf6 23. Re3 a5 24. Nd3 Rd7 25. c3 Kc7 26. Kc2 c5 27. c4
Rb8 28. b3 a4 29. Nc1 Kc6 30. Rh3 h5 31. f5 h4 32. fxg6 fxg6 33. Rf3 Be5 34.
Rg1 Rg7 35. Rg4 g5 36. Nd3 axb3+ 37. axb3 Bd4 38. Rf5 Ra8 39. Rfxg5 Re7 40. b4
Bxf2 41. b5+ Kb6 42. Nf4 Re5 43. Nd5+ Rxd5 44. cxd5 Kxb5 45. Kb3 Bd4 46. Rxh4
Bf6 47. Rgg4 Bxh4 48. Rxh4 Re8 49. Rh6 Re3+ 50. Kc2 c4 51. Rxd6 Re2+ 52. Kc3
Rxh2 53. Rd8 Rh3+ 54. Kc2 Kb4 55. d6 Kc5 56. Rc8+
1/2-1/2