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domingo, 15 de junho de 2008

Crónicas sobre xadrez - número 4

Xadrez ganha com a NET

Numa colaboração especial para a Revista Teosófica, publicada na página da internet www.mais.com/theomag/xadrez.htm , Maurício Tuffani, jornalista e publicitário, defende que o xadrez é o desporto que mais tem beneficiado com a Internet.

« Informações detalhadas sobre torneios e novidades teóricas, que antes só eram acessíveis alguns meses ou mesmo anos depois de terem sido produzidas, podem agora ser acedidas em poucos dias. Essa rapidez proporcionada pela Internet tem favorecido principalmente os jovens jogadores – aqueles que se situam numa faixa etária entre os 11 e os 25 anos de idade. É nessa fase que o jogador se desenvolve mais depressa. Consequentemente, é também o periodo em que precisa de maior acesso às informações sobre partidas recentes e inovações teóricas.»

Maurício Tuffani dá-nos um excelente exemplo: « Em 1959, no Campeonato dos Estados Unidos, o veterano Reshewsky, que já havia sido considerado um dos cinco jogadores mais fortes do mundo, jogou com Bobby Fisher, então com 16 anos de idade. Nesse encontro, Fisher impôs uma incrível derrota ao poderoso Reshewsky ao décimo lance.» Assombroso. No entanto, « esse resultado espetacular não se ficou a dever à incontestável genialidade do jovem, que viria a tornar-se Campeão Mundial em 1972, mas sim ao seu eficiente acompanhamento das inovações teóricas. Ao sétimo lance, Reshewsky cometeu um erro, análogo ao cometido na partida Bastrikov – Schkamkovich, realizada alguns meses antes num campeonato regional da URSS. Fisher tinha voltado de uma curta viagem à URSS, onde conheceu essa partida antes dos seus adversários ocidentais.» .

Hoje são publicados na Internet, no próprio dia dos torneios mais importantes, os respectivos resultados e partidas, completadas nos dias seguintes por muitas análises de grandes mestres (GM). É que por mais criativo que seja um jogador, há sempre um importante esforço teórico a desenvolver, se quiser progredir para além do seu pequeno círculo. Tem de estudar: sobretudo aberturas (os lances iniciais) e finais (resoluções de jogo: peças simples – por exemplo mate de rei e torre contra rei; ou combinadas – peão e torre contra dama; etc...), no chamado meio-jogo terá ocasião de mostrar a sua criatividade, dentro dessas estruturas: partindo de umas para chegar a outras. E o que precisa para estudar ? Se tem um computador, tem a tarefa facilitada: pode constituir uma base de dados (BD), com todos os jogos que se relacionem com as aberturas que costuma jogar; pode, manipulando o menu de opções do seu programa de xadrez, forçar o computador a partir de uma certa posição que lhe interessa estudar, as várias continuações... Se não tem computador também não será por isso: o clássico dossier fruto de alguns prints sobre o tabuleiro clássico também serve. Está na altura de os responsáveis do Grupo pensarem em disponibilizar um Centro de Documentação na modalidade, e de os mais novos pensarem em tirar proveito desse manancial, estudando e mantendo-se a par.

by José Fernando in jornal "O Ribatejo", Abril 1998

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