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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Fundação da FPX - Acta nº 1 (22-01-1927)




Fui às catacumbas da Lusoxadrez procurar um artigo que tinha em mente colocar aqui há já muito tempo. Como o tempo não chega para tudo e passa a correr, não tem sido possível...
Também devido ao facto de haverem sempre notícias frescas e recentes, às quais tento dar maior relevo.

Não só pelo interesse histórico do artigo, mas também por envolver de uma pessoa da terra - Alpiarça - e por se tratar do avô de um sócio, jogador e amigo de sempre do Grupo de Xadrez de Santarém o já falecido Malhou da Costa.
Estamos a falar do Dr. João Maria da Costa, de Alpiarça e 1º Presidente da FPX..

Assim, aqui fica o post nº 184 da Lusoxadrez, preparado pelo Grande Mestre (em história do xadrez e coleccionismo) e amigo António Curado sobre a fundação da FPX.


É de referir que o "post" original tinha reprodução fotográfica da acta, mas devido a ter havido uma reestruturação no servidor onde a Lusoxadrez estava alojado, parece que esta foto desapareceu. Pode ser que o Sr. Curado queira nos enviar novamente a mesma para complementar este Post ? Fica aqui o repto...


De: curado@******
Data: Qua Jul 4, 2001 10:47 pm

Assunto: Acta nº um...


Amigo António Russo.


Este é um trabalho da Comissão de História da Federação Portuguesa de
Xadrez, que te dedico.

Ver página da constituição da comissão.


http://www.terravista.pt/Enseada/2502/CHFPX.htm (link desactivado)

Perguntaste há tempos se não teriam sido jogadores do Ribatejo a
terem um papel preponderante na fundação da Federação Portuguesa de Xadrez.

Solicitei à Federação, informações sobre a fundação, os jogadores, e
os presidentes. Infelizmente, não há arquivos consultáveis, porque:
  1. A Federação esteve em várias cidades, Lisboa, Coimbra, e mudou várias vezes de sede, até que de momento já tem sede própria, comprada na anterior presidência;
  2. Na Federação há caixas de documentação, mas infelizmente não estão disponíveis, pois em tempos, quando foi mudada a sede, toda a papelada levou um tratamento e foi encaixotada;
  3. De momento não há pessoas com tempo e disposição, para levar a cabo algo, sobre a História do Xadrez em Portugal e que residam em Lisboa.
Mas, quando se quer algo, desde que se saiba onde se deve ir procurar, sempre conseguimos alguma coisa. Assim recorri aos préstimos de alguém que há muito tempo, vem fazendo arquivo particular de todas as notícias que saem nos jornais, nas revistas, nas publicações ou nos comunicados da Federação.
Só tem... cerca de 800 folhas dactilografadas, arquivadas em 6
pastas, com as notícias de tudo o que há ou houve sobre xadrez, desde o tempo de Damiano, até ao Campeonato Nacional de Equipas, que encerrou no fim de semana, no Barreiro. Claro poderá faltar-lhe algo, meia dúzias de coisas que outros terão, mas mesmo assim é o mais completo trabalho organizado, que até agora vi. Tenho o privilégio de tal como ele, fazer parte da Comissão da História do Xadrez.
O seu nome é Mário da Silva Araújo.

Na relação dos presidentes da Federação Portuguesa de Xadrez, há um
iato de tempo, que o Mário da Silva Araújo me solicitou averiguar. Como é um acontecimento relacionado com Coimbra, penso que eu e o Alexandre Monteiro, o vamos deslindar.

Entre 1951 e 1954, a presidência da Federação Portuguesa de Xadrez, esteve durante uns tempos em Coimbra, pensa-se que durante 6 meses.
Foi presidente da F.P.X. o dr. Campos Coroa (pai do actual
presidente da A.A.C.- futebol). Só que não há escritos desse tempo, nem noticias em nenhuma das revistas de xadrez conhecidas.
Vamos a ver como vamos deslindar o caso.


Agora em versão integral, para todos os amigos (...), a
primeira acta da constituição da F.P.X.


ACTA Nº 1

Acta da Assembleia Geral de Amadores de Xadrez Portugueses, realizada no dia 22 de Janeiro de 1927, pelas 22 horas, no Grémio Literário de Lisboa.

ORDEM DO DIA – Fundação da Federação Portuguesa de Xadrez (F.P.X.).

Compareceram os senhores Dr. João Maria da Costa, representando os amadores de xadrez de Alpiarça; Carlos Rombert representando os amadores de xadrez de Grémio Lisbonense (Lisboa); Dr. António Joyce representando os amadores de xadrez do Grémio Literário (Lisboa); Dr. Mário Pereira Machado representando os amadores de xadrez do Clube Portuense (Porto) e os senhores Vicente Cipriano Rodrigues Mendonça, Martinho da Rocha, Artur Pereira da Silva e Aurélio Sanches de Miranda e A. V. Ferreira.
Serviu de Presidente o Dr. João Maria da Costa e de Secretário o Dr. Mário Pereira Machado promotor da reunião.
Aberta a sessão, o presidente deu a palavra ao Dr. Mário Pereira Machado. Este, expoz os motivos que o levaram a promover a reunião de delegados dos agrupamentos de xadrez organizados em Portugal: o xadrez é um passatempo superior que pelas suas características deve ser considerado como arte e ciência: esplêndida ginástica de espírito é porventura uma boa escola para a educação da memória e de outras faculdades intelectuais. Da sua propaganda e desenvolvimento só pode resultar benefício para um País. O Torneio de Londres que vai realizar-se em Julho, por ocasião do Congresso da Federação Internacional de Xadrez (FIDE) revela-nos muito claramente que para sempre seremos afastados do convívio internacional dos cultores do nobre jogo se não fundarmos uma Federação que nos represente nas Assembleias Internacionais de Xadrezistas.
É agora uma óptima ocasião para a crearmos porque a poderemos inscrever na FIDE, no Congresso de Londres. Uma Federação Portuguesa de Xadrez, terá evidentemente, uma existência difícil, pelo menos nos seus primeiros passos, e a sua acção interna ficará limitada, talvez, durante longo período, a uma manifestação platónica de boa vontade de alguns amadores entusiastas; serão, porém, internacionalmente reconhecidos e os resultados práticos d'aí colhidos constituirão certamente o maior estimulo para o seu desenvolvimento, interno. Nesta convicção propõe que os delegados e amadores do grupo de Xadrez presentes, fundem imediatamente entre as sociedades que representam, a Federação Portuguesa de Xadrez.
Posto o assunto em discussão foi, por votação, aprovado por unanimidade.
Continuando no uso da palavra o secretário apresentou um projecto de "estatutos" elaborado por uma comissão para esse fim constituída em Novembro de 1926 pelos senhores Dr. António Maria Pires, Dr. Mário Pereira Machado, Dr. António de Sarmento Mouton Osório, Dr. António Joyce, Dr.Mendes de Bragança, Carlos Rombert e A. Pereira da Silva; este projecto foi redigido de acordo com os Estatutos da "Federacion Française de E'checs", "Unione Schachistica" italiana, e "Deutchen Schachmatch". Propõe que esses Estatutos sejam discutidos ou imediatamente aprovados.
Como todos declararam concordar com a doutrina desses Estatutos foram eles considerados como unanimemente aprovados. Pelo que o Dr. Mário Pereira Machado, tomando de novo a palavra propõe que fosse eleita a Direcção para o 1º Biénio, de acordo com a doutrina dos Estatutos. Procedendo-se à respectiva votação foram eleitos os seguintes senhores para Directores Efectivos:
Dr. João Maria da Costa (G.X. de Alpiarça)
Martinho R. da Rocha (G.X. de Grémio Lisbonense)
Carlos Romberte (G.X. de Grémio Lisbonense)
Marques de Ficalho (G.X. do Clube Portuense)
Dr. António Maria Pires (G.X. do Grémio Literário)
Dr. António Joyce (G.X. do Grémio Literário)
Dr. Mário Pereira Machado (G.X. do Grémio Literário)

e para Directores substitutos:
Vicente Cipriano Rodrigues Mendonça (G.X. Grémio Lisbonense)
João Torres Ramos de Magalhães (G.X. Clube Portuense)
A.G. Pereira da Silva (G.X. Grémio Lisbonense)
após o que em conformidade com a doutrina do art. 38º dos Estatutos o senhor Presidente declarou fundada em Portugal a Federação Portuguesa de Xadrez.
E como não houvesse nada mais a tratar-se foi encerrada a sessão, depois de lida e aprovada esta acta.

Lisboa, 22 de Janeiro de 1927

aa) - João Maria da Costa
Carlos Rombert
Martinho R. da Rocha
Vicente Cipriano Rodrigues de Mendonça
Artur Cipriano Rodrigues de Mendonça
Artur J. Pereira da Silva
A. V. Ferreira
Aurélio Sanches de Miranda
Dr. António Joyce
Dr. Mário Pereira Machado
a) está conforme
Mário Pereira Machado (assinatura)

Arquivado o original com o número 0 juntamente com o original dos Estatutos.

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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O início da Liga de Clubes ?

PROPOSTA 1 – António Russo

Antes de mais, quero informar que não procuro protagonismo nem pretendo fazer parte de qualquer estrutura que tenha a ver com uma eventual Liga de Clubes.

Se lancei essa ideia foi apenas porque o modelo de competição em Portugal, está gasto, não dignifica o xadrez de competição, origina anualmente protestos e contra - protestos,, já não falando no tradicional atraso no envio de resultados, faltas de comparência não comunicadas, resultados viciados, não fiscalização por árbitros e mais uma série de lapsos que contribuem para a não credibilização do xadrez nacional.

Um calendário com muitas datas ocupadas, e pouca verdadeira competição levam a que cada vez menos os praticantes se revejam no modelo em curso.

A Taça de Portugal é um modelo “futeboleiro” e que cada vez vai tendo menos equipas aderentes, mas não deixando de gastar importantes recursos aos clubes e aos atletas.

Por sua vez, os actuais regulamentos impedem que sejam criadas novas equipas, suportadas por patrocinadores , ao obrigar uma nova equipa (com sponsor) a subir escalões anualmente, o que não aporta retorno financeiro a eventuais investidores.
(Veja-se os casos do Seia, Gaia, etc)

O facto de não haver apuramento prévio proporciona na 1ª Divisão, que seja possível formar uma equipa contratada apenas por uma semana, com GM’s que se limitam a jogar e a voltar à sua vida, nada acrescentando ao xadrez português, e ainda, retirando as poucas verbas obtidas junto dos patrocinadores.

Considero ainda que para um universo de pouco mais de 80 equipas a nível nacional, o modelo com 3 divisões e distritais não faz sentido nem assegura um xadrez de qualidade.

Outra das vantagens desta proposta é os jogadores mais conceituados anualmente poderem “saltitar” entre as equipas que lhes ofereçam melhores condições, sem o estigma de jogar numa divisão abaixo da sua categoria.


Considerando o supra exposto o “esqueleto” da minha proposta é a seguinte:

1 Extinção imediata da Taça de Portugal.
2 Extinção do modelo de Divisões, passando todas as equipas a disputar um torneio zonal de apuramento.
3 Criação de 4 torneios (1) distribuídos geograficamente pelo continente , em sistema suíço, 8/9 sessões, que apurarão 16 representantes apurados para o torneio final de apuramento do Campeão Nacional.
4 Cada clube pode apresentar o número de equipas que desejar, sujeitos ao ponto 11. Essas equipas não se poderão defrontar entre si na fase zonal.
5 O último dos 16 apurados no Continente será encontrado pelo método de Hondt, sendo o seu acesso à final condicionado pelo ponto 6.
6 Os clubes dos Açores, e eventualmente da Madeira, realizarão anualmente o apuramento do seu representante , que disputará 2 jogos, brancas e negras com a equipa apurada no Continente pelo método de Hondt.
7 Os torneios de apuramento serão suportados por uma organização local que providenciará o local, o material, árbitros e staff que não só comunique os resultados na hora, como introduza todas as partidas num ficheiro PGN, e comunique os resultados pelo canal próprio à FPX e FIDE.
8 Essa organização terá a seu cargo toda a estrutura do torneio, divulgando por todos os meios ao seu alcance o evento, nos “media”, e junto das estruturas autárquicas.
9 Se possível proporcionará outras iniciativas (torneio de rápidas, simultânea, etc) conjuntas com o torneio, abertas a toda a população, em locais com visibilidade, tais como na rua, jardins, centros comerciais.
10 Em atenção ao ponto 7, proponho que em toda a documentação elaborada nos torneios passe a constar a localidade a que o clube pertence (ex: Alpiarça-Casa do Xadrez ou Porto-Grupo de Xadrez ou Barreiro-F.C.Barreirense) para motivar o apoio autárquico.
11 Todos os jogadores de uma equipa terão de ser filiados na FPX.
12 O custo de inscrição de uma equipa será de 100,00€ (proposta) independentemente do nº de jogadores, que terá de ser no mínimo 4 e o máximo de 16.
13 A competição decorrerá em 4 tabuleiros. (voltando ao modelo antigo)
14 As equipas apuradas para a final realizarão então o apuramento do Campeão Nacional da Liga de Clubes, num torneio suíço, 9 sessões, em Hotel a designar.
15 Dando sequência à actual legislação objecto de discórdia, proponho que em caso de empate entre equipas, o 1º factor de desempate seja a soma das idades dos 4 jogadores apresentados em cada encontro, beneficiando a equipa com menor soma de idades, só depois passando a valer os métodos normais de desempate (a definir).


Esta proposta é apenas uma base de trabalho. Trata-se apenas da minha visão pessoal e pode e deve ser melhorada com ideias que não limitem a participação de equipas, mas antes facilitem.

Penso ainda, que será possível orçamentar cada torneio de apuramento em cerca de 5000 euros, sendo uma parte coberta pelas inscrições e a outra por eventuais patrocinadores ou autarquias.

Dessa verba deverão sair os pagamentos a Árbitros, staff, despesas administrativas ( telefones, Internet, etc), eventual aluguer de espaços, publicidade.

António Russo

(1) Os torneios serão obrigatoriamente realizados em localidades muito próximo de Auto-estradas de modo a facilitar as deslocações das equipas.

sábado, 19 de julho de 2008

Dresden é já ali...ao virar a esquina.




Afinal não fomos só nós que reparamos...
Clike nas fotos para aceder ao artigo do blog "Ala do Rei" ou à análise à legislação feita pelo Tiago Brandão de Pinho no Lusoxadrez.


Entretanto na página da FPX foi dada a justificação para a escolha

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