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sábado, 17 de fevereiro de 2018

Amigos para sempre


É a vida... É mesmo assim... Passa a correr... Nao ha tempo para "cobranças" sem importância...











Os amigos cada vez mais se vêem menos. Parece que era só quando éramos novos, trabalhávamos e bebíamos juntos que nos víamos as vezes que queríamos, sempre diariamente. E, no maior luxo de todos, há muito perdido: porque não tínhamos mais nada para fazer.
Nesta semana, tenho almoçado com amigos meus grandes, que, pela primeira vez nas nossas vidas, não vejo há muitos anos. Cada um começa a falar comigo como se não tivéssemos passado um único dia sem nos vermos.
Nada falha. Tudo dispara como se nos estivera - e está - na massa do sangue: a excitação de contar coisas e a alegria de partilhar ninharias; as risotas por piadas de há muito repetidas; as promessas de esperanças que estão há que décadas por realizar.
Há grandes amigos que tenho a sorte de ter que insistem na importância da Presença com letra grande. Até agora nunca concordei, achando que a saudade faz pouco do tempo e que o coração é mais sensível à lembrança do que à repetição. Enganei-me. O melhor que os amigos e as amigas têm a fazer é verem-se cada vez que podem. É verdade que, mesmo tendo passado dez anos, é como se nos tivéssemos visto ontem. Mas, mesmo assim, sente-se o prazer inencontrável de reencontrar quem se pensava nunca mais encontrar. O tempo não passa pela amizade. Mas a amizade passa pelo tempo. É preciso segurá-la enquanto ela há. Somos amigos para sempre mas entre o dia de ficarmos amigos e o dia de morrermos vai uma distância tão grande como a vida.
in O Publico - www.publico.pt
Miguel Esteves Cardoso  (a.k.a. MEC)


E para aqueles que ainda não tinham percebdo esta mensagem tão importante, é por causa disto que, faça chuva ou sol, as Noites Tertulianas são para continuar às Sextas-Feiras na Casa do Xadrez. Em Alpiarça, em Rio Maior, em Alcanhões... Vamos variando, mas a magia continua... e aquelas 5 horas que pssamos juntos depois de uma semana de trabalho, são um bem inestimavel !  Mas estas mensagens e levá-las à pratica é só para GM's... como nós todos na Casa do Xadrez !

sábado, 10 de janeiro de 2015

Je suis Charlie (por Miguel Esteves Cardoso)




Opinião

Je suis Charlie

domingo, 13 de abril de 2014

Ensino Universal...







imagens7.publico.pt

sábado, 29 de dezembro de 2012

De analfabeta a rainha do xadrez


Nasceu num dos bairros mais pobres do Uganda e hoje é candidata a mestre. A Disney já se interessou pela sua história.






Phiona Mutesi é uma miúda de 16 anos. Nasceu no Uganda, numa favela, Katwe. Quando tinha nove anos, Phiona foi apresentada a um ex-jogador de futebol, Robert Katende. Ele mostrou-lhe um jogo tão estranho que nem sequer tinha um nome no idioma em que ela se expressava: xadrez. Ela sentiu-se atraída pelas figuras das peças. Começou a jogar. Sete anos depois, tornou-se rainha. A história dela deu um livro. A história dela faz sonhar.

Tim Crothers é um jornalista norte-americano que desenterrou Phiona do anonimato. Escreveu um longo perfil, publicado há um ano, no site do canal desportivo ESPN. O texto tornou-se viral. Despertou sentimentos. Puxou pelas atenções.

Crothers descreve assim o ponto de partida desta rapariga que fintou tanta fatalidade: “Phiona Mutesi é o expoente dos que nunca são favoritos. Ser-se africano é estar em desvantagem no mundo. Ser-se do Uganda é estar em desvantagem em África. Ser-se de Katwe é estar em desvantagem no Uganda. E ser-se mulher é estar em desvantagem em Katwe.”

Katwe é o maior dos oito bairros pobres de Kampala, capital do Uganda. Crothers definiu-o como um dos piores lugares do mundo. Não há saneamento e há insectos por todo o lado. Um antro de pobreza, onde ir à escola é mais do que um luxo. É uma miragem para a maioria. “É um lugar onde toda a gente está em movimento, mas ninguém sai dali. Diz-se que se nasceste em Katwe, hás-de morrer em Katwe, de doença, violência ou negligência”, descreve Crothers, que transformou o longo artigo num texto ainda maior e lançou, há dois meses, um livro sobre Phiona: The Queen of Katwe: A Story of Life, Chess, and One Extraordinary Girl’s Dream of Becoming a Grandmaster. A Disney já comprou os direitos. O livro inspira-se no artigo original. Há um pequeno documentário sobre ela no Youtube.

Phiona levantava-se todos os dias às 5h e andava duas horas para encher um recipiente com água potável. Com nove anos, conheceu Robert Katende, que lhe apresentou o xadrez. Isso foi em 2005. Ela passou a andar seis quilómetros por dia para jogar aquele jogo.

O responsável por esta paixão era um ex-futebolista, de 28 anos, que julgava proteger crianças de um futuro nada risonho através do xadrez. Em Katwe, descreve Crothers, o valor da mulher é o valor do sexo e dos filhos que gera. Metade das adolescentes são mães. Muitos habitantes estão contaminados com o vírus da sida — doença que matou o pai de Phiona, quando esta tinha três anos.

No espectro de uma derrota, por vezes surgem jogadas de mestre. Assim foi a iniciativa de Robert Katende. Phiona regressou à escola graças a uma bolsa. Sonha ser médica e chegar ao topo da carreira no xadrez, com o título de grande mestre. Nas Olimpíadas do xadrez, em Outubro, tornou-se candidata a mestre. O instinto de sobrevivência de uma vida ainda curta no Uganda, serviu-lhe também no tabuleiro.




por Victor Ferreira  25/12/2012 - 20:04
in  Publico.pt