O cadáver do Grande Mestre de xadrez Bobby Fischer, falecido na Islândia em 2008, foi exumado para apurar se o seu DNA condiz com o de uma filipina de nove anos cuja mãe colocou um processo de paternidade ao excêntrico jogador de xadrez que retirou o título mundial do soviético Boris Spassky em 1972, no que foi um dos momentos-chave da Guerra Fria, mas terminou a vida com críticas ferozes às políticas dos EUA.
Um médico e um padre estiveram presentes na exumação, que as autoridades garantem ter sido realizada "de uma forma profissional e digna".
Depois de serem retiradas amostras de DNA, o corpo de Fischer voltou a ser sepultado num cemitério perto da cidade de Selfoss.
A mãe da criança garante que manteve uma relação com o xadrezista que resultou no seu nascimento. A menina já viajou das Filipinas para a Islândia, sendo-lhe retirado sangue que será agora comparado com o DNA do homem que se recusou defender o título de campeão mundial em 1975, abrindo caminho para Anatoly Karpov.
Bobby Fischer residia na Islândia - precisamente onde conquistara o título de campeão mundial - desde 2005, tendo renunciado à cidadania norte-americana depois de ser preso durante meses no Japão e ameaçado de extradição para os EUA, que não lhe perdoavam ter ignorado as sanções contra a ex-Iugoslávia em 1992, ao aceitar enfrentar Spassky em Belgrado no auge da guerra civil.
1 comentário:
Não "Fisher" mas antes Fischer.
Por outro lado, não se tratou de uma exumação "tradicional", tratou-se apenas de recolher uma amostra de tecido através de um pequeno furo, tudo o resto permaneceu no mesmo local.
Continua a ser prudente não remexer em demasia no jogo de Fischer, Spassky experimentou fazer isso 20 anos depois da 1ª vez e, mesmo assim, não se deu bem...
Dervich
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