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Desporto
Há 20 anos que uma equipa ribatejana não participava no escalão máximo da modalidade 
Casa do Xadrez de Alpiarça em festa pela subida à 1ª divisão nacional 
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   Edição de 2015-06-04 | 
A Casa do Xadrez de Alpiarça garantiu a subida à 
primeira divisão nacional da modalidade, naquele que é um feito 
histórico, por representar o regresso de uma equipa ribatejana ao 
escalão máximo do xadrez nacional, 20 anos depois de um clube de Rio 
Maior. No campeonato da 2ª divisão, série B, a Casa do Xadrez de 
Alpiarça, um clube pequeno e só com jogadores do distrito (um total de 
12 mas apenas seis participaram no campeonato da 2ª divisão), foi 
primeira classificada entre oito equipas, somando cinco vitórias, um 
empate e uma derrota. 
“Esta subida de divisão está a ser vivida com 
muito entusiasmo. Para um clube pequeno como o nosso, que é feito de 
gente da terra (não pagamos a ninguém para jogar por nós), isto é 
extraordinário”, conta a O MIRANTE Pedro Vinagre, que jogou na 1.ª 
divisão há 20 anos, tal como Carlos Nascimento e Vítor Ferreira. Os três
 vão agora regressar ao escalão máximo, pelo emblema de Alpiarça.
Como factores que contribuíram para a subida de 
divisão, os jogadores do clube apontam o momento de forma “brutal” pelo 
qual todos passaram ao mesmo tempo, e a união, pelo facto do núcleo de 
jogadores ser o mesmo há 20 anos, bem como o próprio estilo de jogo, 
baseado numa escola de “xadrez polémico”, denominação utilizada para 
quem joga correndo mais riscos. O estudo prévio do adversário e dos seus
 movimentos habituais no tabuleiro de xadrez, facilitado por um software
 cada vez mais evoluído, também contribuiu para o êxito. 
As estratégias próprias do xadrez, essas, não 
faltaram durante os jogos. “Quando estamos 4 contra 4 analisamos os 
jogos dos nossos companheiros e podemos tomar acções no nosso tabuleiro 
de acordo com aquilo que está a decorrer nos outros. Se verificamos que 
um companheiro está com um jogo melhor que o adversário, se calhar já 
arriscamos menos no nosso tabuleiro. Às vezes joga-se mais devagar para 
ver o que vai acontecer nos outros jogos”, explica Pedro Diogo, outro 
elemento do grupo.
Na próxima época, na 1ª divisão nacional, todos 
os elementos da equipa estão preparados para uma presença modesta, pelo 
facto de as realidades serem completamente diferentes. Enquanto umas 
equipas pagam a jogadores estrangeiros, alguns do top 100 mundial, para 
jogarem por elas, outras, como a Casa do Xadrez de Alpiarça, jogam 
apenas com portugueses não profissionais (a maioria são bancários mas 
também há informáticos, contabilistas, enfermeiros e funcionários 
públicos).
“Vamos perder os jogos todos. A disparidade do 
nível de xadrez é muito grande. Não há comparação, é surreal. A maioria 
deles são profissionais. Enquanto nós acordamos de manhã para ir 
trabalhar, a vida deles é acordar de manhã para jogar xadrez. Estamos a 
falar de jogadores que são do top 100 mundial. De certeza que vamos 
aprender muito. Vai ser como se estivéssemos a fazer um estágio com os 
mestres todos. Vamo-nos divertir e tentar surpreendê-los”, diz mais um 
elemento da equipa, Miguel Barriga.
Link para esta noticia da edição online: http://semanal.omirante.pt/index.asp?idEdicao=707&id=109592&idSeccao=12712&Action=noticia#.VXBVA0ZtVJM
Publicaremos mais noticias impressas nos próximos dias...
Isto tem sido um inflow de tal ordem que... não há tempo para processar tudo no nosso riquíssimo blog ! Tenham calma e paciência connosco...
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