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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Partidas Rápidas - por Francisco Carapinha




Durante os dias seguintes e até no próprio dia em que se jogaram os Campeonatos de Portugal de Partidas Rápidas, este ano realizados em Figueiró dos Vinhos, fui lendo o que se ia escrevendo sobre as competições, roendo-me de inveja por não estar presente nessa festa escaquística.
Não que seja um grande apreciador do ritmo jogado, mas o convívio que este tipo de torneios proporcionam já é razão suficiente para me suscitar vontade de estar presente, mesmo sabendo que levarei farta porrada.
Além disso há também o lado afectivo, pois a primeira competição oficial em que participei, foi exactamente num Campeonato de Portugal de Partidas Rápidas (individual), mais concretamente na edição de 1976 realizada em Abrantes, tendo nessa altura ficado deslumbrado por estar no meio de tantos jogadores que só conhecia de nome, sendo que alguns, mais tarde, vieram a tornar-se meus amigos e até colegas de equipa.
Cheguei a participar em vários torneios de partidas rápidas, pois nessa altura, sem computadores nem programas de emparceiramento, era o ritmo mais utilizado na organização de provas de xadrez, pela facilidade que tinham em se organizarem, mesmo sendo um torneio com muitos participantes. E acerca dos emparceiramentos dessa altura, recordo-me de ter participado num torneio de semi-rápidas realizado pelo sistema suíço de emparceiramento (manualmente) em que, depois de terminada uma sessão, era necessário esperar uma hora, ou mais, para que estivesse pronto o emparceiramento da sessão seguinte, o que tornava impraticável os torneios de semi-rápidas realizados com este sistema.
Voltando ás partidas rápidas e ao Campeonato de Portugal, depois de Abrantes, edição em que os jogadores do Sporting, talvez a melhor equipa de xadrez daquela época, chegaram atrasados e tiveram que constituir um grupo preliminar só com eles, voltei a participar na edição de 1978 realizada em Alhandra, confirmando a festa que eram estes campeonatos que, na falta de haver outros torneios, acabavam por proporcionar encontros entre jogadores que já não se viam desde os campeonatos do ano anterior, aproveitando estes momentos para colocarem em dia a conversa atrasada por um ano de interregno.
Depois de Alhandra, não voltei a participar em mais nenhum Campeonato de Portugal de Partidas Rápidas e desde lá até aqui já o António Fernandes ganhou 14 campeonatos individuais, sendo o último deles na edição desde ano, uma organização bastante elogiada, que serviu também para homenagear Álvaro Gonçalves, que além de autarca (vice-presidente da Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos)  era também xadrezista.
Relativamente ao homenageado, fui seu adversário na 4.ª sessão do Torneio Internacional da Figueira da Foz de 2010, numa partida que se foi mantendo equilibrada até ao momento em que cometi um enormíssimo erro (no 23.º lance) acabando por vir a perdê-la. A fotografia de fundo que desde o mês passado estou a utilizar neste blogue foi tirada durante essa partida.
Em jeito de homenagem, reproduzo a folha de anotação da partida entre mim e o falecido Álvaro Gonçalves e que pode também ser reproduzida imediatamente a seguir.




por Francisco Carapinha

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